Depoimento de Cristina Santedicola

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Após cerca de quatro anos lutando contra um linfoma não-Hodgkin que não respondeu definitivamente a nenhum dos tratamentos até então existentes, em fins de 1997 eu fui informada que a medicina não tinha mais nada a fazer por mim. Em outras palavras, era chegado o fim da estrada terrena.

Poucas semanas depois, enquanto tentava achar algum atalho para continuar na estrada, eu soube que o FDA (agência norte-americana que controla alimentos e medicamentos) havia aprovado o uso humano experimental de uma nova medicação projetada exatamente para aquele tipo de linfoma.  Como bióloga apaixonada pela vida e como paciente que não queria morrer, decidi “correr atrás” daquela última possibilidade. Quase duas décadas depois de ter sido curada, continuo agradecendo a Deus, aos médicos, aos pesquisadores, às cobaias de laboratório, aos advogados e também às pessoas e às empresas que financiaram as pesquisas que resultaram naquela medicação.

Tenho visto com preocupação o avanço assustador do câncer no mundo inteiro, especialmente nos países em vias de desenvolvimento. Nestes países os desafios são ainda maiores devido à especificidade regional de alguns tipos de câncer, à escassez de recursos para prevenção e diagnóstico precoce, além da inexistência de uma cultura de apoio financeiro às pesquisas clínicas, apesar dos benefícios fiscais previstos para todos os doadores – pessoas físicas e jurídicas.

O Projeto Cura é um alento neste cenário, pois ele visa justamente a angariar recursos para apoiar as pesquisas de novos medicamentos para combater o câncer no Brasil. Aqui temos normas rígidas para aprovação das pesquisas pelos comitês de ética locais, os quais integram uma rede nacional de regulamentação que protege a segurança e o bem estar de cada participante das pesquisas.

Os benefícios advindos das pesquisas clínicas não alcançam apenas os pacientes que são curados e retomam o seu curso normal da vida.  Elas também agregam valor às instituições e aos profissionais envolvidos nas suas diversas etapas, abrindo novas fronteiras do conhecimento científico que embasarão novos avanços científicos.

A vida não tem preço. Por favor, ajude o Projeto Cura a curar vidas!

Cristina Santedicola
Bióloga, Mestre em Geologia

Salvador 13/set/2016

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