Pesquisa NEOSAMBA - Projeto Cura financiando combate ao câncer de mama

O Instituto Projeto Cura criou uma vakinha online com a meta de arrecadação de 25 mil reais para as despesas iniciais da fase III da pesquisa Neosamba, que estuda como diminuir os riscos de um tipo de câncer de mama voltar no paciente. Acesse e contribua: http://vaka.me/743320 

Sobre a Pesquisa:

A cada ano novos casos de câncer são registrados no Brasil. O último levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontou que, até dezembro, 60 mil pessoas serão diagnosticadas com a doença. Como reverter esse quadro? A aposta de especialistas da área está na pesquisa clínica devido a possível ampliação do acesso a novas terapias, melhora na qualidade de vida e no aumento da sobrevida dos pacientes. Pensando nisso, médicos e sociedade civil têm se unido para incentivar a produção de novos estudos no Brasil.

Um dos frutos dessa  união é a parceria entre o Projeto Cura e 12 centros oncológicos, distribuídos em 8 estados brasileiros.  Todos estão em busca de incentivo para dar início a fase III do ensaio Neosamba, que estuda uma forma de impedir que o câncer de mama tipo HER2-negativo volte.

Durante a edição de 2018 da ASCO, congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, o médico José Bines esteve presente para falar sobre a conclusão da fase II do Neosamba. Conduzido pelo INCA, o ensaio investigou 118 pacientes com a proposta de avaliar se a mudança na ordem dos medicamentos da classe das antraciclinas e taxano (alguns dos medicamentos mais comuns utilizados para a quimioterapia) faria diferença na sobrevida das mulheres. Ficou sugerido que tratá-las primeiro com taxano e depois com antraciclinas, e não o contrário, como era o padrão anterior, poderia trazer mais ganhos significativos de sobrevida livre de progressão e, principalmente, de sobrevida global.

O estudo caminha para a fase III, quando se amplia o número de pessoas investigadas por um período maior de tempo. Entretanto, faltam recursos para o início desse processo, que o oncologista José Bines define como “estudo científico confirmatório”.

“Os resultados desta análise podem redefinir o melhor tratamento de quimioterapia neoadjuvante (realizada antes da cirurgia) para mulheres com câncer de mama localmente avançado. A conclusão pode ter impacto global imediato no cuidado de mulheres com câncer de mama. Segundo previsão do INCA, até o fim de 2019 poderão ocorrer 60 mil novos casos da doença”, explica o especialista.

“Trata-se de uma pesquisa 100% brasileira e 100% realizada com pacientes do SUS. Não há nenhuma relação com a indústria farmacêutica. Todas as etapas de desenho e condução do estudo são realizadas pelos próprios investigadores, e agora com o Projeto Cura, que tem nos ajudado a angariar fundos para a finalização da fase III”, finaliza José Bines.

Apresentação do estudo clínico

  • Ensaio clínico randomizado de fase III avaliando o sequenciamento de antracíclicos e taxanos em terapia neoadjuvante de câncer de mama HER2-negativo localmente avançado
  • Investigador principal: Dr. José Bines
  • Coordenação e gerenciamento: LACOG
  • Delineamento: Ensaio clínico randomizado de fase III

 

Centros envolvidos na pesquisa

  • INCA (Rio de Janeiro/RJ) – Investigador principal geral – Dr. José Bines
  • PUC/RS (Porto Alegre/RS) – Dr. Carlos Barrios
  • HCPA (Porto Alegre/RS) – Dr. Pedro Liedke
  • CEPON (Florianópolis/SC) – Dra. Aline Lino
  • BARRETOS (Barretos/SP) – Dr. Cristiano Pádua
  • ICESP (São Paulo/SP) – Dra. Laura Testa
  • UNICAMP (Campinas/SP) – Dra. Susana Ramalho
  • IBCC (São Paulo/SP) – Dra. Lilian Arruda
  • Hospital Araújo Jorge (Goiana/GO) – Dr. Geraldo Silva Queiroz
  • HINJA (Volta Redonda/RJ) – Dra. Heloisa Resende
  • LNRCC (Natal/RN) – Dra. Andrea Juliana Gomes
  • ICTR (Curitiba/PR) – Gisah Guilgen

 

Sobre o Projeto Cura:

O Projeto Cura nasceu para ser uma peça transformadora dentro da sociedade. Seu principal objetivo é angariar fundos em prol da pesquisa clín ica contra o câncer no Brasil. Para isso, o Cura busca unir ciência e criatividade como suas principais ferramentas de conscientização para a importância dessa causa.

A iniciativa tem ligação com a Latin American Cooperative Oncology Group, a LACOG, organização sem fins lucrativos que tem como objetivo desenvolver, conduzir e coordenar estudos acadêmicos e pesquisas clínicas na América Latina. Hoje, o Projeto Cura atua no Brasil e chegará em breve na América Latina e Caribe.