16/3/2021
A mulher como protagonista na luta contra o câncer
Ao longo da história, seja como cientistas, profissionais da saúde, cuidadoras ou pacientes, as mulheres têm desempenhado um papel vital na luta contra o câncer. Embora as desigualdades de gênero permaneçam, as mulheres estão conseguindo ocupar mais cargos de liderança e ativismo nas áreas da saúde e da ciência, o que tem o poder de impactar positivamente a atenção, o cuidado e o acesso à informação das mulheres que são pacientes oncológicas ou que acompanham familiares, parceiros ou amigos que estão em tratamento contra o câncer.
Pensando no quanto a participação feminina nessa área pode ajudar a inspirar outras mulheres a contarem suas histórias e levantarem a bandeira da pesquisa científica, destacamos abaixo as iniciativas inspiradoras de algumas das muitas mulheres que trabalham em prol de um objetivo comum: a luta contra o câncer e o bem estar do paciente oncológico.
Cientistas da USP desenvolvem imunoterápico contra o HPV
As pesquisadoras Luana Moraes, Bruna Porchia e Mariana Diniz do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP buscam concluir o desenvolvimento de um imunoterápico, chamado Terah-7. O tratamento é direcionado a tumores causados pelo vírus do o HPV, como o câncer de colo de útero. O Terah-7 é capaz de direcionar e ativar o próprio sistema imunológico, induzindo uma resposta específica para combater o tumor, sem prejudicar células saudáveis de pacientes. Fonte: Jornal da USP.
A ativista Queer Ericka Hart vem promovendo debates sobre câncer de mama
Após ser diagnosticada aos 28 anos com câncer de mama, mesma doença que levou a sua mãe, Ericka Hart levou um choque e decidiu agir. Em 2016 compareceu no festival de música e expôs no palco as cicatrizes da sua de mastectomia para chamar atenção para a doença. Seu ato repercutiu na mídia e redes sociais. Desde então, Ericka, que também é educadora sexual, tem usado sua fama para conscientizar, especialmente as pessoas Queer e Trans negras, sobre o câncer de mama e debater sobre medicina, gênero, sexualidade e racismo.
Integrante do Instituto Projeto Cura já venceu dois cânceres e usa o seu trabalho para conscientizar e educar sobre a doença
Paula Dutra faz parte da equipe do Instituto Projeto Cura desde 2017, é publicitária e especialista em design, e é a responsável por cuidar das nossas redes sociais! Paula já teve câncer de mama e ovário e devido a isso participou de pesquisas clínicas, sendo uma grande defensora do incentivo a pesquisa no combate ao câncer. Desde o seu primeiro diagnóstico, em 2011, Paula decidiu compartilhar a sua história e o passo a passo do seu tratamento com outras mulheres. Assim, ela criou uma rede de apoio e compartilhamento de experiências no blog Mão na Mama @maonamama, onde também dá dicas de saúde e de autocuidado.
Dra. Angélica Nogueira é médica oncologista, pesquisadora e ocupa cargos de lidenraça em diversas instituições que apostam em uma abordagem didática e preventiva no combate ao câncer.
A Dra. Angélica é um exemplo de determinação e liderança. A médica foi a idealizadora do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (Grupo EVA), que busca promover a conscientização e pesquisa em câncer ginecológico. Além disso, a instituição defende os direitos dos pacientes oncológicos e os apoia durante o tratamento contra a doença. Atualmente, além de presidir o Grupo EVA, Dra. Angélica também é diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Chair Gynecology do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) e professora pesquisadora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e da Universidade Federal de Minas Gerais.
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